sexta-feira, 20 de julho de 2007

Igreja Católica pagará 660 milhões de dólares por pedofilia

Fiz as contas e percebi que, talvez, esse seja o sexo mais caro da história: 1.3 milhões de dólares para cada vítima... por sexo (veja). É evidente que não estou comparando as crianças abusadas com meretrizes, longe disso! Estou apenas deduzindo que em uma situação de, digamos, carência sexual-afetiva, os sacerdotes gastariam muito, mas muito menos com garotas e/ou garotos de programas, mesmo os mais caros! E ainda de quebra deixariam intactos a honra, a dignidade e a inocência daquelas crianças.

É curioso compararmos essa situação toda com o que Jesus Cristo ensinou aos religiosos de Israel. Sua visão de adultério ultrapassava em muito o legalismo judaico. O Messias dizia que o adultério configura-se pura e simplesmente no fato do pensamento, excluindo-se a necessidade do ato consumado. Como os legalistas judaicos desenvolveram a habilidade de torcer a lei em benefício próprio, julgavam que o adultério concretizava-se apenas na consumação final do ato sexual. Assim a mente ficaria livre para a criatividade dos devaneios mais pecaminosos possíveis, isenta de qualquer punição.
Há um texto da Bíblia que também fala de mente: cauterizada, diga-se de passagem. O apóstolo Paulo diz de homens com mentes cauterizadas - a consciência não incomodaria mais.
Valendo-se dos exemplos de Jesus Cristo e do apóstolo dos gentios há argumentos suficientes para colocar em xeque uma instituição que passa as mãos pela cabeça de seus sacerdotes pedófilos. E a regra cabe a qualquer um, qualquer igreja, organização, organismo, empresa, partido político, governo, etc. A nominalização e a institucionalização da religião tornaram as instituições e os simbolismos maiores e mais importantes que o próprio credo que professam. Tudo pode ser achacado, atacado e jogado na lama: ética, moral, pureza, fé. No final das contas, quem acaba sempre se safando é a instituição. Não é a toa que andam tão sem crédito.

Passei o olho pelo assunto na Internet e vi que os casos se multiplicam: 85 milhões de um lado, 100 milhões de outro, 114 milhões para mais um; tudo em dólar, meus amigos! Isso está virando uma indústria! Ainda bem que a igreja tem dinheiro para bancar o voraz apetite sexual de seus sacerdotes - só o arcebispado de Los Angeles possui, em propriedades, 4 bilhões de dólares.
Parece que ainda está valendo a pena o sacerdote não casar. Dividir o patrimônio com os herdeiros sairia mais caro que pagar indenizações milionárias.

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