Uma hora o menininho se viu crescidinho e percebeu que tinha algumas partes pudentas das quais mamãe e papai não queriam falar. As perguntas sobre sua origem recebiam respostas embaladas em um conto de fadas protagonizado por um estranho animal alado, a cegonha.
Todas as crianças se deparam com a sexualidade uma hora, não tem jeito. Tem pai que se sai melhor que outro, mas na média as dúvidas vão sendo tiradas com o decorrer do tempo pela própria criança. Na adolescência a primeira ejaculação, para as meninas a menarca e assim caminha a humanidade se escondendo atrás das gônadas.
Se olharmos para o mundo animal - do qual tantos puritanos quer excluir a raça humana - veremos um sexo sem pudores, natural e livre de preconceitos. Sexo para dar prazer e procriar. Justamente por isso o sucesso da procriação: o sexo dá prazer.
E se tirássemos o prazer do sexo? Hoje em dia já é difícil ele concorrer com novela, Internet, DVD e contas atrasadas. Tirando o prazer a vida na terra estaria sob sério risco.
Não dá para pensar em procriação sem sexo - raros os casos de inseminação artificial. E também não é concebível sexo sem aquela sensação mais que gostosa que todo mundo tenta enganar mas sabe que tudo mundo sente, gosta e procura sempre que dá.
Pudores a parte é muito fácil descer a lenha no padre flagrado em uma orgia de 49 minutos (veja aqui). O padre, assim como o pastor, o professor, o astronauta, o mecânico e o monge budista não são mais nem menos que a exata reprodução de todos os animais racionais que somos de um tempo para cá e de todos os irracionais que já fomos. Animais com impulsos básicos de sobrevivência, incluindo o sexo. E porque é gostoso.
É gostoso beber água. É gostoso comer. É gostoso dormir, desansar, tomar banho quente no frio, tomar banho frio no calor... é gostoso fazer sexo. Só que todo mundo bebe, come, descansa e até se banha em público. Sexo só entre quatro paredes, com certa pessoa e em determinadas condições.
A ciência defende que a religião impôs uma pena tremenda sobre nossas cabeças e classificou o sexo como impuro. A igreja se defendia pregando o sexo dentro de certas regras. E impôs regras mais severas ainda para os clérigos: a castidade.
E dá nisso, sacerdotes católicos reprimindo milhões de anos de evolução com orações e jejum. Uma hora a carne fala mais alto.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário